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Quem pensa que o tempo seco do inverno é bom para quem tem acne, engana-se. O frio também pode provocar o aparecimento das espinhas e até piorar seu aspecto. Segundo especialistas, o motivo são os hábitos típicos da estação: muitas roupas, banhos quentes e alimentação rica em gorduras, como leite.

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De acordo com a dermatologista Graça Tavares, principalmente em pessoas que já têm tendência ao aparecimento da acne, os hábitos não fazem surgir a lesão, mas a agravam. "Mulheres com ovário micropolicístico, adolescentes e pessoas com casos de acne na família podem sofrer mais", afirma.
Para cada fator, há uma explicação: banhos quentes tiram gordura da pele, o que faz as glândulas sebáceas trabalharem mais, para compensar. O excesso de roupas sintéticas e de lã aumenta a proliferação de fungos e bactérias na pele. "Já alimentos gordurosos, típicos de inverno, como leite, fondue, chocolate quente, também têm substâncias que ajudam a ativar as glândulas sebáceas", explica a dermatologista.

Já em relação ao tempo mais seco ser bom para diminuir a oleosidade da pele, a médica afirma que é relativo. "Peles que ressecam demais produzem uma oleosidade a mais para repor o que está faltando", justifica. Além disso, o ressecamento é superficial. "A hiperatividade da glândula sebácea produz mais gordura nas camadas mais profundas da pele, aumentando a propensão a espinhas internas", completa.


Congresso debate novos tratamentos
Não é preciso conviver com as espinhas e as marcas que as lesões mais graves deixam. Os tratamentos estão cada vez mais modernos e visam diminuir a vermelhidão da acne, melhorar o aspecto das cicatrizes e até preveni-las. As novidades serão debatidas no 19º Congresso Internacional de Estética, de 4 a 7 de agosto, em São Paulo.

Mas é preciso manter o tratamento básico: lavar o rosto com sabonete compatível com o tipo de pele. "Isso remove a gordura, sem provocar o efeito rebote", diz a médica.

Evitar evolução do quadro é a saída
Cuidar para que o quadro não evolua é a melhor solução. Moara de Carvalho, 22 anos, conviveu por toda a adolescência com as espinhas e só se livrou com tratamento médico: "comecei a ter aos 11 anos. Só fiquei livre, de fato, quando a dermatologista receitou um remédio forte. Tive que abrir mão de pequenas coisas durante o tratamento, como comer alimentos com gordura".
Fonte: Terra

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