28 de julho de 2011 • 07h37 • atualizado às 08h56
- Celso Paiva
- Direto do Rio de Janeiro
Fifa nega que emissora carioca terá vantagens no Mundial do Brasil
Foto: EFE
Com a divulgação de que a Rede Globo é uma das organizadoras do sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014, no próximo sábado, na Marina da Glória, começaram os questionamentos se a emissora teria algum tipo de privilégio na transmissão da Copa do Mundo de 2014, ou se até participaria ativamente da produção das imagens que são levadas para o mundo todo do torneio.
Em um bate-papo com jornalistas brasileiros organizado pela Fifa, o diretor da divisão de TV da entidade máxima do futebol, Niclas Ericson, fez questão de rechaçar qualquer possibilidade de prioridade à emissora carioca. De acordo com ele, a rede brasileira terá os mesmos direitos e as mesmas imagens das emissoras que detêm os direitos por todo o mundo.
"Quero deixar claro que a produção das imagens da Copa do Mundo de 2014 serão feitas pela HBS que já está com a gente há alguns anos e o sinal dela que será passado para todos as emissoras com direitos de transmissão. A Globo é um desses clientes nossos e é tratado como todos os outros".
De acordo com Niclas Ericson, a emissora brasileira pode, se quiser, se inscrever para ter um dos poucos espaços para colocar uma câmera extra nos gramados em jogos do Mundial.
"Existe essa possibilidade de partida em partida. São alguns poucos espaços e sempre muito concorridos. Mas quero ressaltar que raramente há uma imagem exclusiva a se fazer. Temos 32 câmeras em campo. Tem uma câmera para cada banco de reserva, em cima dos técnicos. Esta câmera extra só valeria se a emissora quisesse fazer imagens de um atleta específico", explicou.
Para o diretor da Fifa, a vantagem que a Globo ganha com o Mundial no Brasil é o espaço físico. "Com a Copa no Brasil, ela não precisa se preocupar em ocupar o espaço no IBC (centro de mídia onde ficam as emissoras com direito de transmissão) por conta dos estúdios. Fora isso, ela pode filmar a torcida em locais diferentes, como em favelas e outros locais onde tem aglomeração do público".
Mudanças tecnológicas para 2014
Niclas Ericson evitou prever quais serão as novidades tecnológicas para a Copa do Mundo de 2014. Apesar de considerar que a transmissão em 3D teve êxito no Mundial de 2010, o diretor de TV da Fifa não crê que este tipo de tecnologia será predominante nas televisões do mundo nos próximos três anos.
"Fizemos 25 jogos com transmissões em 3D na Copa do Mundo de 2010, mas ainda não sei se passaremos todos os jogos com esta tecnologia no Mundial de 2014. Ainda há algumas coisas para se ajustar neste sistema. No fim das contas, a transmissão atual ainda é a predominante".
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