01 de setembro de 2011 • 18h43 • atualizado em 02 de setembro de 2011 às 09h53
- Luís Bulcão
- Direto do Rio de Janeiro
A presidente Dilma Rousseff foi recebida pelo escritor Ziraldo e pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, na abertura da Bienal
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR/Divulgação
A presidente Dilma Rousseff lançou nesta quinta-feira, durante abertura da 15ª Bienal do Livro no Rio de Janeiro, o Programa Nacional do Livro Popular. Segundo a presidente, serão investidos inicialmente R$ 36 milhões por meio do Fundo Nacional da Cultura para levar livros com um custo de R$ 10 para a população.
"Como amante do livro, posso assegurar que é uma experiência única poder ter o livro para ler em casa", disse a presidente ao destacar que é preciso estender o acesso à cultura e à educação. O programa será gerido pela Fundação Biblioteca Nacional e a meta inicial é enriquecer o acervo das bibliotecas públicas e fomentar a produção do material a um custo mais baixo para a população.
Em seu discurso Dilma afirmou que um País como o Brasil, que produziu autores como Machado de Assis e Monteiro Lobato, deve trazer para primeiro plano a cultura e a educação. "Sou, como vocês sabem, entusiasta do desenvolvimento do nosso País. E sei que para erguer uma nação, temos que dar o valor adequado à educação, à cultura e ao livro", afirmou.
Dilma Rousseff disse ainda que o governo trabalha para garantir mais investimentos na melhoria da educação. Ela citou como exemplo dessa política o programa Ciência sem Fronteiras, que até 2014 vai mandar 100 mil brasileiros para estudar nas melhores universidades do mundo, por meio de critérios meritocráticos.
Segundo o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, é preciso disponibilizar os livros para a classe C, que concentra o maior número de leitores do País. Ele aponta que, embora os índices de leitura tenham crescido na última década (1,8 para 4,7 livros por habitante/ano), a média per capita se manteve no período em 1,1 exemplar por habitante/ano.
Programa
As primeiras ações do programa começam a ser implementadas na próxima semana, com investimentos para comprar livros para bibliotecas. O primeiro edital vai convocar editores e autores a inscrever seus títulos no Portal do Livro Popular. Um segundo edital vai cadastrar livrarias, bancas de jornal e revista e outros pontos interessados em vender livros mais baratos aos consumidores.
Enquanto isso, as bibliotecas públicas serão convidadas, também por edital, a aderir ao programa. Aquelas que se cadastrarem no Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas receberão um cartão-livro com créditos que podem variar de R$ 300 a R$ 15 mil para comprar livros que elas próprias escolherão no portal e retirarão diretamente nos pontos de venda cadastrados. A Fundação Biblioteca Nacional espera comprar cerca de 5 milhões de livros ainda em 2011.
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