Não tem a ver com biologia ou psicologia, e sim com marketing. Até o fim do século 19, tintura de tecido era cara, então os pais não se preocupavam com isso. A definição das cores "certas" para cada gênero surgiu só no início do século 20. E era o inverso da atual! Um catálogo de roupas dos EUA de 1918 dizia que o rosa, por ser mais forte, era adequado aos garotos. E o azul, por ser delicado, às garotas! Foi só entre 1920 e 1950 que as lojas começaram a sugerir azul para eles e rosa para elas, como forma de agitar as vendas. Essa imposição social tem sido reforçada desde então. "A afinidade com alguma cor não determina personalidade ou sexualidade", diz a psicanalista Fani Hisgail.
Tudo é unissex
Outros estereótipos que não fazem o menor sentido
Vestido é coisa de menina
Até o fim do século 19, crianças pequenas de ambos os sexos usavam essa peça, que facilitava os movimentos e a higiene. (Uma foto de 1884 registra o futuro presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, então com 2 anos, de vestidinho). Mulher usar calça também é algo novo: surgiu só com a Revolução Industrial, no século 19
Boneca é coisa de menina
Uma pesquisa de 2010 feita pela Universidade de Cambridge com bebês de 1 ano mostrou que quase a mesma quantidade de meninos e meninas indicava preferência por bonecas. A partir dos 2 anos, os garotos passavam a curtir carrinhos. A conclusão do estudo foi a de que o gosto por brinquedos é adquirido socialmente, e não algo inato
Em 1927, a revista Time chegou a publicar uma tabela indicando quais lojas dos EUA sugeriam azul para meninos e quais sugeriam rosa
Alhos e bugalhos
Não confunda sexo, gênero e orientação sexual
O órgão genital determina o sexo: masculino ou feminino. Conforme a pessoa desenvolve sua personalidade, percebe o gênero com o qual se identifica: homem ou mulher. Por fim, a orientação sexual é a atração física e afetiva por alguém do mesmo sexo (homossexual), alguém do sexo oposto (heterossexual) ou pelos dois (bissexual).
FONTES Sites Pink Is for Boys, The Telegraph, The Guardian e Cracked
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