28 de julho de 2011 • 09h18 • atualizado às 10h18
Marcos Assunção se defendeu das críticas das torcidas organizadas do Palmeiras
Foto: Léo Pinheiro/Terra
O volante Marcos Assunção evitou um discurso de conflito com torcedores organizados do Palmeiras. Bastante criticado depois da partida contra o Fluminense, quando foi chamado de "cachaceiro" pelos uniformizados, o experiente jogador afirmou que tem o direito de se divertir, mas negou que consome bebidas alcoólicas e explicou que sabe o momento de ficar em casa.
"Claro que dois dias antes (de uma partida) é preciso respeitar o Palmeiras e não estar por aí, porque não vai aguentar o jogo. Mas em semana sem jogo não tem problema nenhum, porque não dá para viver só de trabalho. Eu saio quando posso, jamais vão me ver enchendo a cara dois dias antes. Não sou evangélico, mas não bebo porque não gosto. Quem me conhece sabe. Se me verem por aí, estarei com garrafa de água", afirmou o meio-campista, em entrevista à Rádio Globo, após vitória por 1 a 0 sobre o Figueirense.
Uma das torcidas organizadas do time promete marcar pressão sobre os jogadores, criando uma campanha para que os palmeirenses enviem fotos e vídeos de atletas vistos em baladas. Marcos Assunção, porém, reitera que não vê problemas em sair nos dias longe de jogos.
"Esse negócio do disque-denúncia foi o meio de encontrar os jogadores que saem, mas saem nas horas de folga. Temos nossa vida fora do Palmeiras também, somos seres humanos, não podemos pensar só no trabalho", emendou.
O técnico Luiz Felipe Scolari, por sua vez, deu uma resposta bem curta ao falar sobre a iniciativa da torcida em vigiar os atletas. "É frescura, pronto", sentenciou.
Já o volante, que completou 35 anos na quarta, garante que não suportaria o ritmo de jogos se exagerasse nas horas vagas e avisa que ficou fora de poucas partidas do clube. "Se estivesse com 35 anos e bebendo, não aguentaria. Muitas vezes, o Felipão fala para eu sair um pouquinho (do treino) para descansar, e eu digo que não".
Os atritos entre Marcos Assunção e a torcida começaram há mais tempo. No mês passado, o volante discutiu com alviverdes ao defender o atacante Luan de críticas e acha que pode ter alguma influência nos problemas atuais, mas garante já ter superado o episódio.
"Pode ter sido. Mas isso foi resolvido, é uma página virada. A torcida tem de estar junto aos jogadores, assim podemos alcançar o objetivo de chegar na Libertadores e brigar por títulos", comentou, antes de elogiar o apoio que o time recebeu em Florianópolis, na vitória sobre o Figueirense.
"Hoje (quarta), incentivaram o tempo todo, é assim que tem de ser, para que possamos jogar tranquilos. É preciso ter respeito entre jogador e torcedor. Quando tiver folga, podemos sair e nos divertir", finalizou.
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