Astrônomos do
Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) conseguiram obter
imagens de um "berçário" colorido de estrelas.
Com a ajuda do
Very Large Telescope (Telescópio Muito Grande, em tradução livre), que
fica no Chile, os cientistas fizeram fotos de uma região de formação
estelar muito ativa na Grande Nuvem de Magalhães, uma das galáxias
vizinhas à Via Láctea.
A Grande Nuvem
de Magalhães fica a apenas 163 mil anos-luz de distância da Via Láctea.
Pode parecer muito, mas é considerado próximo na escala cósmica.
A imagem nítida
mostra duas nebulosas de gás brilhante, uma avermelhada e outra azul. A
nebulosa vermelha é composta principalmente de hidrogênio. Seu tom
avermelhado se deve à presença de estrelas jovens, com temperaturas de
cerca de 25.000° C.
A radiação
dessas estrelas leva à saída de elétrons dos átomos de hidrogênio. A
ionização provoca o brilho característico, com essa cor.
Grandes
estrelas jovens também produzem fortes ventos solares, levando gás
superaquecido a se dispersar. Isso pode ser observado na nebulosa azul,
onde uma estrela com altíssima temperatura aparece dentro de um círculo
de gás.
A estrela no
centro dessa nebulosa é muito mais quente que as encontradas na vizinha
vermelha. Acredita-se que sua temperatura chegue aos 50.000° C.
"Ela (a
estrela) ioniza o gás, forçando os elétrons para fora dos atomos, e os
átomos então brilham em linhas espectrais (a manifestação visual,
colorida, dessa ionização). Isso significa que essa nebulosa é azul
porque está emitindo a maior parte da radiação em algumas poucas linhas
(espectrais)", explicou o astrônomo Jeremy Walsh, do ESO.
Fonte: G1 Ciência e Saúde