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A picape Ford F-100, surgiu no Brasil em outubro de 1957, na fábrica localizada no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Ela era basicamente o mesmo veículo que foi fabricado nos Estados Unidos desde 1953. O motor era importado no primeiro ano, porém fabricado por aqui já no ano seguinte.



A fábrica tinha orgulho de fabricar o motor por aqui, tanto que o modelo 1959 ganhou, além de pára-brisa envolvente, com área 20% maior, e novo painel de instrumentos, emblemas nas cores verde e amarelo, com a inscrição “brasileiro”.



Esse motor de oito cilindros de 4,5 litros era muito ágil, fazia com que a picape da Ford deixasse muito carro para trás. O desempenho era um de seus atrativos. Era equipada com um câmbio de três marchas, que era manejado por meio de alavanca na coluna da direção.



A caçamba step-side – mais estreita, com os pára-lamas salientes, a mais desejada nos dias de hoje, que acompanhou as primeiras fornadas da F-100 – nem sempre fez todo esse sucesso. Muitos dos compradores chegaram a se livrar do equipamento original em troca de maior área oferecida pelas carrocerias de madeira, semelhantes às dos caminhões. Diante disso, a fábrica passou a oferecer a opção da picape sem caçamba. Em 1961 a picape recebeu a caçamba Styleside. Mais larga, acompanhava a linha da cabine, incorporando os pára-lamas.



Em 1965 a Ford lançou a F-100 em duas versões: a Passeio, com suspensão mais macia, era destinada ao lazer, enquanto a Rancheiro pegava no pesado.
A F-100 em 1968 recebeu a suspensão dianteira independente Twin-I-Beam, proporcionava maior conforto e melhor dirigibilidade, também recebeu nova frente. A crise do petróleo forçou a Ford a oferecer uma versão da F-100 com motor de quatro cilindros, com 120 cavalos, era o mesmo que equipava o Maverick.




O início da era diesel da picape data do fim de 1979, quando a F100 passa a se chamar F-1000 – mas aí já entramos em outra história.