Depois de participar do encontro que reuniu representantes de 20 equipes e vários dirigentes e ex-jogadores de clubes da América do Sul nesta quarta-feira, no Parque São Jorge, em São Paulo, o ex-jogador Maradona e o deputado federal e ex-atleta Romário criticaram a Conmebol e os dirigentes sul-americanos.
"Com a reunião que fizemos aqui na casa do Corinthians, acho que terminou para Julio Grondona [presidente da Associação de Futebol Argentino], Marco Polo del Nero [presidente da FPF e vice da CBF] e Eugênio Figueiredo [presidente da Conmebol]. Vamos armar uma comissão para desmascarar esta gente que fazem tanto dano ao futebol. Não só ao futebol, mas a quem quer ver o futebol dentro do campo de jogo", declarou Maradona após a reunião.
"Os clubes argentinos são uns cagões. E Grondona é um mafioso", acrescentou o craque argentino. O dirigente evitou responder ás críticas do maior ídolo do futebol argentino. Cada pessoa tem a liberdade de falar o que quer", limitou-se a dizer.
Romário fez duras críticas ao presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol) e vice da CBF.
"Todas essas instituições [Federação Paulista de Futebol, CBF, Conmebol] tem um nome comum, Marco Polo del Nero. Del Nero, Eugênio Figueiredo, Julio Grondona, eles vão ter que dar adeus ao futebol. E isso vai ser uma coisa bem positiva para o futebol daqui para frente", declarou Romário após a reunião.
"Eu convido a que na próxima reunião venham os dirigentes e exponham seus pensamentos, e que venham os jogadores. Não estamos lutando por nós, já fizemos a nossa carreira. Estamos lutando para os que vem atras de nós", complementou Maradona.
O presidente do Zamora, da Venezuela, Adelis Chávez, irmão do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez (morto em 2012), afirmou que os clubes vão brigar por receitas mais justas da Conmebol.
"É muito pouco pelo que a Comnebol tem a arrecadar. Vai ser criado um grupo para brigar por uma divisão mais justa das receitas da Conmebol", disse o presidente do clube venezuelano.
Adelis Chávez afirmou que no encontro não foi discutido mudanças no comando da entidade, presidida por Figueiredo. Ele assumiu o lugar do paraguaio Nicolás Leoz, que também renunciou ao seu cargo no comitê executivo da Fifa na oportunidade.
De acordo com o dirigente, o encontro teve a presença de representantes de clubes da Argentina, Uruguai, Bolívia e Venezuela, além de empresários da América do Sul.