Se a existência do tão falado ponto G feminino não é consenso, o
masculino é defendido por ainda menos gente. "Toda a região sexual
masculina é bastante enervada, mas não há nenhuma comprovação
fisiológica de um ponto que concentre mais sensibilidade do que o
normal", diz o urologista Sidney Glina. Essa é a posição da maioria dos
urologistas, mas muitos sexólogos (que, em geral, não são médicos)
defendem que os homens têm um órgão capaz de produzir um prazer
incontrolável quando estimulado: a próstata, uma glândula localizada
abaixo da bexiga, que, junto com a vesícula seminal, produz o sêmen. A
única forma de acesso à próstata é através do ânus, exatamente como os
urologistas fazem no exame de toque retal.
O tal G é uma homenagem ao
médico alemão Ernest Gräfemberg, que, em 1950, publicou um artigo no
International Journal of Sexology relatando a descoberta de um ponto do
tamanho de dois feijões, localizado na parte superior da vagina, a mais
ou menos 5 centímetros da entrada, que, quando estimulado, causaria
grande prazer sexual. Mais de 30 anos depois, em 1982, os americanos
Beverly Whipple e John Perry foram mais a fundo na pesquisa e lançaram o
livro Ponto G e Outras Descobertas sobre a Sexualidade Humana, no qual,
como se vê, batizam a região em homenagem ao alemão.
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