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A tocha é como um isqueiro sofisticado: tem um combustível líquido e um sistema que o transforma em gás para a queima. Hoje em dia, carregar esse "isqueiro gigante" é moleza, mas nem sempre foi assim. Antes as tochas eram de aço - mais pesadas que as atuais, de alumínio - e usavam como combustível azeite e até pólvora! As velhas tochas podiam formar brasas, que caíam e machucavam seus condutores durante o revezamento - criado nos Jogos de Berlim, em 1936.

UM GÁS NA TRADIÇÃO

Acesa num ritual na Grécia, chama é mantida segura dentro de uma lanterna com dois botijões


COMO ELA É ACESA

1- Para acender o fogo olímpico, é recriado um cenário que imita a cerimônia de início dos Jogos na Antiguidade. Num templo na cidade de Olímpia, na Grécia, atrizes vestidas de sacerdotisas põem um pouco de grama seca dentro da skaphia, uma espécie de panelona com o interior espelhado.

2- Os espelhos concentram os raios do Sol e o calor faz a grama pegar fogo. Uma sacerdotisa encosta uma tocha com pavio - que imita as da Antiguidade - e acende a chama olímpica. Num outro templo, o estádio de Olímpia, a tocha de Pequim recebe o fogo simbólico para iniciar o revezamento.

A TOCHA

1- O cartucho que contém propano líquido sob pressão vai encaixado dentro da tocha, e um tubo o conecta com o topo. Quando uma válvula é aberta, a pressão diminui e o propano sobe em forma de gás, alimentando a chama. Cada tocha tem propano suficiente para queimar por uns 15 minutos.

A LANTERNA

1- Pouca gente sabe, mas a chama olímpica é preservada numa lanterna e não na tocha - que, como ficou claro nos protestos deste ano pela libertação do Tibete, corre o risco de ser apagada durante o revezamento.É com o fogo da lanterna que as tochas são acesas.

2- A lanterna possui dois cartuchos de propano conectados. Quando um termina, o outro entra em ação. Isso permite que eles sejam trocados sem o fogo apagar. A chama ainda fica protegida por uma


portinhola de vidro, e viaja em segurança em carros e aviões.