O sustento dos nativos da Polinésia era a pesca. Há mais de 1 000 anos, muito habilidosos no mar, desenvolveram embarcações especiais para voltar rapidamente do barco à terra firme, mesmo em águas furiosas. Quase nus, com a barriga e o peito colados nas tábuas de madeira, eles surfavam. Essa tecnologia acabou até virando um ritual
com raízes religiosas e culturais. Ficar em pé, por exemplo -
modalidade aperfeiçoada no Havaí - era privilégio de reis e rainhas. Por
volta de 1777, ao chegar no Havaí, o navegador inglês James Cook
(1728-1779) pôs pela primeira vez os olhos de um homem branco sobre os
surfistas.
No primeiro registro histórico, descreveu o que viu como
"perigosa diversão". Logo os missionários europeus consideraram a
prática imoral e a proibiram. Em 1912, o nadador havaiano Duke Paoa
Kahanamoku (1890-1968) conquistou a medalha de ouro de natação nas
Olimpíadas da Suécia e avisou ao mundo que treinara surfando. Batizado
de "homem-peixe", esse atleta é considerado o pai do surfe moderno.